Pica-pau dando idéia para os ambientalistas

Alguns desenhos são eternos, não importando o tempo. Tom & Jerry, Caverna do Dragão, Pica-Pau, entre outros, são animações antigas, mas sempre atuais pela qualidade e inteligência. Mas nesse texto quero lembrar  de um episódio do desenho Pica-Pau, onde queriam derrubar a árvore dele para construir uma estrada. Após muita confusão, ele conseguiu manter sua casa em pé e a rodovia foi construída passando por cima.

Lembro desse desenho em especial quando vejo as notícias sobre a derrubada das árvores na av. Edvaldo Pereira Paiva (conhecida como Av. Beira-Rio), para ampliação da estrada. O projeto faz parte das obras para Copa do Mundo e também serve para desafogar o trânsito de quem dirigi em direção a zona sul. A avenida é uma das mais utilizadas no horário de pico, tanto no horário da manhã como no final de tarde.

Os ambientalistas de plantão resolveram protestar contra a derrubada de 115 árvores. Mesmo a prefeitura afirmando que iria plantar o triplo de mudas em outros locais e também na Av. Edvaldo Pereira Paiva após a obra. Não satisfeitos, entraram com processo na justiça e acamparam no local. A justiça deu ganho de causa para Prefeitura de Porto Alegre e os acampados foram retirados pela Brigada durante a madrugada.

Agora estão reclamando de falta de democracia e violência policial, ou que a polícia deveria cuidar dos bandidos.

Querem mais democracia do que a justiça dar ganho de causa para prefeitura? Querem mais democracia do que todas as pesquisas apontarem favorável a ampliação da avenida?

E sobre a questão policial. O discurso já estava previsto.

Não importava como a Brigada agisse, sempre iriam dizer que foi com violência e que polícia tem que cuidar de bandido. Mas no momento que a justiça manda desocuparem o local, eles estão desobedecendo a lei, o que os torna infratores. E a ação na madrugada foi fundamental para evitar maiores problemas e tumulto, o que poderia terminar em disputa entre ambientalistas e polícia com trânsito interrompido.

Sou a favor de proteger o meio ambiente. Acredito que tem estamos fazendo muitas coisas erradas nas questões ambientais, mas essa briga sobre as 115 árvores foi um excesso. Não existiam árvores centenárias no local que foi aterrado na década de 1950, e não acredito em especulações imobiliárias, se não existem terrenos para vender na volta, apenas a praças de um lado e o Rio Guaíba de outro.

Querem ser ecologistas, então que tal subir os morros da cidade que estão sendo invadidos por grandes construtoras e famílias sem lar. Mas terão que subir sem a proteção policial, já que reclamaram das suas ações. Porto Alegre está perdendo toda a natureza existente nos morros que o cercam. Devagar e sem alarme, estão derrubando árvores e planando tudo para construção de condomínios de luxo. Aproveitando a devastação, pessoas estão colocando casas para ter onde morar.

É muito bom ser ambientalista perto do Gasômetro com todos os “flashes” e capas de jornais, quero ver ser ambientalista todo dia. Plantas mudas e cuidar até virar uma árvore. Recolher lixos de praças. Cuidar o desperdício de água, entre outras atitudes.

Já que são contrários a duplicação da avenida, que tal trocarem seus carros por bicicletas, ou até mesmo skates? Seria excelente para natureza, sem poluição, e ajudariam a não existir os engarrafamentos que a obra pretende diminuir.

Ambientalistas de “capa de jornal” ou modistas é difícil de aceitar.


Comentários

Unknown disse…
cara! que coincidência absurda...aqui em Fortaleza tá acontecendo igualzinho o que vc descreveu no seu post!igualzinho mesmo sendo que aqui foram apenas 90 arvores de castanholeira e serão plantadas o quadruplo do que tem no local!